Restauração passo-a-passo 2

A fachada reformada da Oficina Tony-Car em São Bernardo do Campo - SP. Na entrada do local, o Toninho, à esquerda, já começa a desmontar o MP Lafer.

Gilberto Martines escreve em 08 de abril de 2008:

"Com o carro já em São Paulo fui atrás da transferência da documentação. Por se tratar de um carro mais antigo, foi necessário fazer uma leitura de agregados em oficina credenciada pelo DETRAN, para identificar a numeração do motor, chassi, câmbio e carroceria. O vendedor tem que se responsabilizar pela origem do motor, através de uma declaração assinada, com reconhecimento de firma autenticado em cartório.

Nesses quinze dias eu fiquei em dúvida se restaurava o carro ou se arrumava algumas coisas para vendê-lo. No sábado, dia 22 de março de 2008, fui até a oficina do Toninho, a Tony-Car, para fazer um orçamento. Voltei para casa , pensando nesta questão. Por se tratar de um carro alinhado, com fibra boa e várias peças originais, com placa do ano do carro, eu e meu irmão decidimos restaurar o carro. O investimento é maior, porém é um carro a mais rodando em bom estado e preservando a memória do MP.

Optei por levar o carro na oficina Tony-Car, pois já restaurei outro carro com eles, há cerca de oito anos, e estou muito satisfeito com o serviço feito até hoje, além de contar com a mão-de-obra especializada e peças de qualidade. No dia 05 de abril, outro sábado, levantei cedo e fui para São Bernardo do Campo, levar o MP para começar a restauração. Meu sogro me acompanhou com o carro dele, pois eu queria desmontar o MP e trazer as peças para cromar.

Em aproximadamente três horas desmontamos o carro. Ajudei a desmontar pois o Toninho me deu a liberdade para tanto. Como gosto de mexer no MP e por já conhecer um pouco desse carrinho, acho que acabei ajudando. Começamos pelo quadro do pára-brisa, vidros, portas, capota, tampa do motor, faróis, grade dianteira, pára-choques, bancos, carpetes, painel, relógios, dobradiças, maçanetas, entre outras peças."

Durante a desmontagem, verificou-se que o cajado de madeira dianteiro da capota apresentava sinais claros da ação do tempo, com fissuras e camada de verniz ressecada.

Ainda com a armação de metal da capota, é possível observar que a tampa do porta-luvas, no painel, teve seu revestimento retirado, expondo a textura original.

Fim de um dia de trabalho. As peças do MP Lafer já retiradas. Algumas foram levadas para São Paulo para serem cromadas por um especialista.

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