O programa Limite, do canal de assinatura ESPN Brasil, era exibido nas noites de terça-feira. Na descrição do mesmo, no site da emissora,"em 60 minutos, o fã do esporte fica por dentro das principais competições nacionais e internacionais. Das máquinas de Turismo ao circo da F1. O programa abordaa ainda os desafios off-road e as várias fórmulas de acesso às categorias mais badaladas, com o objetivo de apresentar as futuras estrelas das pistas".
Mas havia espaço também para os carros antigos e especiais. Esta tarefa ficava a cargo do jornalista Flavio Gomes, através do quadro "Indiana Gomes" - onde o torcedor da Portuguesa, apaixonado por DKWs e veículos da marca russa Lada, vasculhava nas cidades brasileiras os modelos que povoam o imaginário da geração que cresceu num mundo movido à petróleo. No dia 09 de junho de 2009 foi a vez do MP Lafer.
O MP Lafer transitando pelas ruas de São Paulo. Um belo registro do roadster brasileiro num programa voltado ao automobilismo.
Walter Arruda e Percival Lafer. A foto de Argemiro Cypriano, publicada originalmente no mplafer.net, foi usada para ilustrar a reportagem.
O jornalista Flavio Gomes e o diretor do Clube MP Lafer Brasil, Romeu Nardini - ambos fazendo o que mais gostam: falando de carros antigos.
O que Romeu Nardini não contou ao Flavio Gomes ele escreveu aos Comparsas-do-Blog:
"Sou um ex-comerciante de automóveis em atividade, mas nos meus tempos de lojista no ramo, detestava trabalhar com os ditos carros normais, os Gols, Voyages, Paratis, Monzas... e adorava mexer com as "encrencas, trolhas, ronhas, tranqueiras", que eram os carros fora de série ou de linha, como os Pumas, Miuras, Adamos, Fenix (réplica da MB 280 SL), Envemos (Super 90), Santa Matildes, MPs Lafer, Mercedes antigas (algumas velhas), entre outros.
Claro que isso gerava alguns conflitos com os outros sócios, mas sempre que esses carros apareciam na loja, eu dava um jeito de andar com eles. E um dos que eu mais gostava era o MP, curtia aquele jeitão de anos 50, e o vento na cara proporcionado pela capota abaixada.
Em 1997, afundado por uma das inúmeras crises que costumavam atingir o ramo, resolvi parar de brincar de vender carrinho como lojista e me desliguei da sociedade. Após me livrar de todas as "buchas" resultantes do afastamento da firma, decidi que ia comprar o carro que me satisfazia e me dava grande prazer de dirigir.
No primeiro de agosto de 1998, depois de muito procurar, acabei encontrando o MP vermelho 77, no fundo de uma loja, na região do centro. E me dei de presente de aniversário (dia 20). Depois de uma breve negociação, levei a bagaça para casa e comecei a retirar dela todos os acessórios "de bom gosto" que o antigo proprietário tinha feito o favor de acrescentar à joia.
Usei o carro até 2001, quando fiz uma restauração completa, terminada em 2002. Ajudei a formar o Clube MP Lafer Brasil, que ajudou a aprofundar os meus conhecimentos sobre a marca e está aí um pouco da história dessa paixão."
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Atualizado em 23 de julho de 2016.
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