Campos do Jordão, na borda do Vale do Paraíba, é um destino atrativo para aqueles que moram na Grande São Paulo e cidades próximas do interior. A maneira mais comum de chegar até esta estância turística é seguindo por rodovias de pistas duplas - Dutra ou Carvalho Pinto - até Taubaté, e de lá por uma perna final de pista simples, inaugurada no fim dos anos 70.
Até então, o acesso para o alto da Serra da Mantiqueira era feito pela SP 50, conhecida como a Estrada da Serra Velha, partindo de São José dos Campos e percorrendo um longo e sinuoso trajeto, tão bonito quanto arriscado, por não contar com manutenção de rotina e também com a infra-estrutura disponível em vias de maior circulação, como postos de combustíveis e locais para descanso e alimentação.
Nem por isso desistimos de experimentar este caminho alternativo. Depois de participar de um inesquecível passeio do Clube MP Lafer Brasil até Campos do Jordão, em abril de 2011, resolvemos nos hospedar na cidade e voltar no dia seguinte, sem pressa, mas com uma curiosidade insaciável, apimentada com uma dose de espírito de aventura. A volta para casa foi por este caminho mais longo. Com vocês, um pouco da Estrada da Serra Velha:
A partir de São José dos Campos, o caminho de volta para casa foi o mais convencional possível, através da Via Dutra até Jacareí, da Rodovia Dom Pedro até Campinas, e de lá até Paulínia. Você deve estar se perguntando se chegamos bem em casa, com o MP Lafer sem bateria. A resposta é: "chegamos". Mas não sem antes passar por mais alguns bocados. Até a pilha da máquina fotográfica acabou esgotada.
Abastecemos o carro em Jacareí. Quando ingressamos na Dom Pedro o céu ficou negro. Caiu uma chuva das mais torrenciais que já testemunhamos, porém, não podíamos estacionar no acostamento, como outros carros, pois o motor não funcionaria mais. Não podíamos sequer ligar o limpador do pára-brisas, para não roubar energia do que interessava: manter os cilindros trabalhando.
Foi emocionante, sem dúvida. Formou-se uma espessa lâmina de água no asfalto, que em atrito com os pneus dianteiros, jorrava a chuva nas bandejas do assoalho. Minha esposa ficou apreensiva, mas mantive a calma quando vislumbrei raios de sol no ponto de fuga da pista. Atravessamos a tormenta, que se transformou em tempestade de granizo, causando vários danos em Guarulhos. Foi um grande alívio quando o céu se abriu novamente para nós.
Quando coloquei os pés na garagem de casa, fiquei me perguntando o que havia feito. Uma viagem que normalmente seria feita em três horas e meia, levou mais de cinco para ser concluída. Ou seja, a aventura serviu apenas como aventura. Não é algo que possamos recomendar como alternativa. Fazer isso de noite? Nem pensar. Valeu a pena? Valeu, com certeza. Tem gente que se aventura pela Patagônia na Argentina, ou pela Rota 66, nos Estados Unidos. Nós nos aventuramos logo ali...
Até então, o acesso para o alto da Serra da Mantiqueira era feito pela SP 50, conhecida como a Estrada da Serra Velha, partindo de São José dos Campos e percorrendo um longo e sinuoso trajeto, tão bonito quanto arriscado, por não contar com manutenção de rotina e também com a infra-estrutura disponível em vias de maior circulação, como postos de combustíveis e locais para descanso e alimentação.
Nem por isso desistimos de experimentar este caminho alternativo. Depois de participar de um inesquecível passeio do Clube MP Lafer Brasil até Campos do Jordão, em abril de 2011, resolvemos nos hospedar na cidade e voltar no dia seguinte, sem pressa, mas com uma curiosidade insaciável, apimentada com uma dose de espírito de aventura. A volta para casa foi por este caminho mais longo. Com vocês, um pouco da Estrada da Serra Velha:
A partir de São José dos Campos, o caminho de volta para casa foi o mais convencional possível, através da Via Dutra até Jacareí, da Rodovia Dom Pedro até Campinas, e de lá até Paulínia. Você deve estar se perguntando se chegamos bem em casa, com o MP Lafer sem bateria. A resposta é: "chegamos". Mas não sem antes passar por mais alguns bocados. Até a pilha da máquina fotográfica acabou esgotada.
Abastecemos o carro em Jacareí. Quando ingressamos na Dom Pedro o céu ficou negro. Caiu uma chuva das mais torrenciais que já testemunhamos, porém, não podíamos estacionar no acostamento, como outros carros, pois o motor não funcionaria mais. Não podíamos sequer ligar o limpador do pára-brisas, para não roubar energia do que interessava: manter os cilindros trabalhando.
Foi emocionante, sem dúvida. Formou-se uma espessa lâmina de água no asfalto, que em atrito com os pneus dianteiros, jorrava a chuva nas bandejas do assoalho. Minha esposa ficou apreensiva, mas mantive a calma quando vislumbrei raios de sol no ponto de fuga da pista. Atravessamos a tormenta, que se transformou em tempestade de granizo, causando vários danos em Guarulhos. Foi um grande alívio quando o céu se abriu novamente para nós.
Quando coloquei os pés na garagem de casa, fiquei me perguntando o que havia feito. Uma viagem que normalmente seria feita em três horas e meia, levou mais de cinco para ser concluída. Ou seja, a aventura serviu apenas como aventura. Não é algo que possamos recomendar como alternativa. Fazer isso de noite? Nem pensar. Valeu a pena? Valeu, com certeza. Tem gente que se aventura pela Patagônia na Argentina, ou pela Rota 66, nos Estados Unidos. Nós nos aventuramos logo ali...
Texto de Jean Tosetto
Fotografias de Renata Tosetto
Amigos do mplafer.net, espero que a área para comentários seja usada com urbanidade e que acrescente algo positivo ao site. Vamos acompanhar!
ResponderExcluirParabéns Jean pelo maravilhoso texto e a Renata pelas lindas fotos. Este é mais um dos prazeres que o MP nos proporciona. Poder desfrutar de belas paisagens, estar próximo da natureza e ser protagonista de aventuras inesquecíveis.
ResponderExcluirFrancisco Paz - Amigos do MP Lafer
Excelente artigo Jean.
ResponderExcluirUma ótima alternativa de viagem.
Uma boa idéia para o verão que vem aí.
Sem pressa, explorando o que os MPs tem de melhor, curtindo a paisagem, o sol, o verde, ao som do motorzinho 1.6 a vento.
Muito legal voce nos mostrar as belezas da estrada e as "surpresas" que sempre acontecem nessas ocasiões.
E o mais legal de tudo, é perceber que a Sra. Tosetto já está contaminada pelo virus laferista.
Romeu.
Caro Jean,
ResponderExcluirQue historias vc teria para contar se não acontecesse absolutamente nada de errado...tenho certeza que vc nunca não vai esquecer desta aventura...vai ter muito que contar para seus netos e toda vez que olhar para o vermelhinho vai lembrar de todas estas aventuras...
Abraços
Francisco Franco