A chuva deu a tônica do grande dia no ano, para os laferistas. Através das gotículas na janela, a silhueta de um MP parece combinar com o painel de outro. |
Se fosse uma manhã ensolarada, não haveria espaço no posto de combustível para acomodar todos os participantes, antes da largada. |
Telas de jardim tensionadas, capotas fechadas e bonés na cabeça: os meios para se proteger da garoa que se intercalava com a chuva. |
A relativa pouca distância entre Salto e o posto de combustíveis no km 30 da Rodovia Castelo Branco, pouco mais de 70 quilômetros, indicava que o 16º Passeio do Clube MP Lafer Brasil teria menor duração do que o ocorrido nas edições anteriores, para cidades mais longínquas de São Paulo. Mas como tudo parece tender ao equilíbrio, a chuva - que nunca foi convidada para este evento - tratou de diminuir a velocidade dos carros e com isso alongar o enredo.
As chuvas torrenciais que caíram na véspera de 21 de abril deixaram muita gente desanimada. Mesmo assim, 50 entusiasmados proprietários de MP Lafer, e mais alguns que vieram em seus carros convencionais, prestigiaram o encontro marcado com mais de um mês de antecedência. Como resultado, não foi registrado nenhuma falha mecânica na estrada, pois quem resolveu enfrentar a chuva confiava absolutamente nas condições de manutenção de seus carros.
Não importava o clima nublado e a capota presa no para-brisa, as câmeras captaram sorrisos entre aqueles que se animaram para enfrentar o aguaceiro. |
Na praça de pedágio, a água acumulada no pavimento de rodagem refletia a imagem das baratas. Sinal de que a drenagem do local poderia ser melhor. |
Um carro, para ser bonito de verdade, precisa ser vistoso até em baixo de chuva. Felizmente as janelas laterais do MP não são de plástico abotoável... |
Mesmo quando havia intervalos com um pouco de sol, era impossível baixar a capota, por causa do efeito de spray formado pelos carros no asfalto. |
A velocidade reduzida no percurso não significava que as ultrapassagens eram mais fáceis. Pelo contrário: atenção redobrada diante das condições adversas da pista. |
A perna final do passeio foi percorrida também em pista dupla, que liga Sorocaba à Campinas. Um bom atenuante para as preocupações com a segurança. |
Um passeio diferente
Por causa da chuva, este ano tivemos um passeio com velocidade de passeio mesmo. Nada de 100 ou 120 km/h verificados em edições anteriores, com o sol a pino. Desta vez todo mundo andou bem comportado, entre 60 e 80 km/h. Se formos comparar a situação com uma corrida de automóveis, parecia um Grande Prêmio disputado todo em bandeira amarela. Então, quem saiu na frente chegou na frente, pois até as ultrapassagens foram em número bem menor.
Apesar do clima pouco favorável, foi possível curtir a emoção de andar em conjunto na estrada. Os MPs, com seus para-lamas salientes fazendo duas ondas em cada lateral da carroceria, formam um visual que parece multiplicar o número de carros, quando estes resolvem acelerar em fila indiana. Também não se pode esconder uma curiosidade: nunca se viu tantos MPs na estrada com capotas fechadas. Mais um recorde informal para a galeria da associação da marca.
A chegada em Salto foi debaixo de um céu pesado, o que impediu maior interação dos moradores locais com os visitantes da estância turística. |
Parando o trânsito, literalmente
A prefeitura de Salto gentilmente destacou alguns guardas municipais para organizar o trânsito, enquanto a fila de MPs cortava o centro da cidade. Mesmo assim ocorreu um incidente para se lamentar: alguns carros locais, que vinham em sentido contrário aos conversíveis, pararam abruptamente para ver a "caravana" passar; com isso houve um pequeno engavetamento, envolvendo alguns veículos de Salto. Não há registros de pessoas feridas, mas fica o aborrecimento em função do prejuízo material, que felizmente é recuperável.
A integração entre os munícipes com os entusiastas do MP Lafer, tão esperada pela organização do evento, acabou não ocorrendo, em função obviamente da chuva, mas também do feriado de Tiradentes. O local reservado para os MPs não tinha cobertura parcial, então alguns proprietários de MP ficaram dentro de seus carros e a maioria foi se abrigar nos restaurantes das proximidades. Os mais ávidos por fotografar o evento eram os poucos que caminhavam entre os conversíveis, junto de um ou outro morador da cidade, que provavelmente levou para casa um bom episódio para contar.
O feriado de Tiradentes resultou no fechamento de boa parte do comércio, o que também colaborou para a presença diminuta das pessoas circulando pelo centro da cidade. |
A concha acústica do Complexo da Cachoeira é um dos cartões postais da região, onde o Rio Tietê começa a se oxigenar em direção ao interior de São Paulo. |
Na varanda do restaurante lindeiro ao parque de estacionamento dos MPs, os membros do Clube fazem sua tradicional reunião. Quase todos vestidos de vermelho. |
Clique para ampliar e salvar esta montagem de fotos panorâmicas, com os MPs estacionados no Parque da Cachoeira em Salto. Uma cortesia do site mplafer.net
Nos vemos em 2013!
Por Renata & Jean Tosetto
Veja também:
O relato de Gilberto Martines
O vídeo do Doutor Tanil
Comente o passeio no Grupo do MP Lafer no Yahoo!
A carta convite do Clube
Mais passeios
Dessa vez infelizmente não pude ir, mas pelo jeito o passeio foi muito interessante. Abraço Jean! Rene Sarli
ResponderExcluirÓtimo texto e fotos, Jean.
ResponderExcluirRetratou muito bem tudo o que aconteceu em nosso encontro de 2012.
A chuva realmente influenciou na participação dos laferistas este ano.
Em 16 anos de Passeios esse foi o primeiro em que enfrentamos chuva desde a "largada" até o final.
Mas como o importante é o passeio, é o encontro e a confraternizaçao com os amigos, com a alegria de sempre, mais uma vez nossa missão foi cumprida.
Levamos 50 carros e mais de 100 participantes.
Com certeza, nenhum outro clube de carros antigos consegue tal façanha.
E vamos para o próximo, (já encomendamos o Sol).
Romeu