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| Quem não gosta de ganhar um presente no Natal? |
Em tempos de comunicações instantâneas entre aparelhos de telefone celular, receber um cartão de Natal manuscrito pelo correio nos diz muito sobre as coisas que realmente importam.
Por Jean Tosetto
Nos últimos dias de 2015 estava conversando com meu primo Rene Sarli, numa reunião familiar comum nesta época do ano. O Rene havia desenhado a primeira versão personalizada do site mplafer.net, de modo que ele sempre se interessou por questões tecnológicas. Ao ver meu simplório aparelho de telefone celular, ele me convenceu a adquirir um smartphone, onde pudesse instalar o aplicativo de trocas de mensagens Whatsapp. O argumento chave foi que ele já faz metade dos orçamentos de sua agência de web-design com o referido programa.
Fui até um Shopping Center de Campinas e, antes de chegar à loja, encontrei com o Pastor Zeca, da Igreja Batista de Jaguariúna, para a qual desenvolvi o projeto arquitetônico de sua nova sede. Ao dizer que estava comprando um smartphone para conversarmos via Whatsapp, ele me alertou que não receberia mais telefonemas com felicitações por um aniversário, e que se não tomasse cuidado, ficaria viciado neste “brinquedo”.
No dia seguinte, ainda estava me familiarizando com a nova ferramenta quando o carteiro tocou o interfone. Havia uma entrega para mim. Não me lembrava de ter comprado livros recentemente e fiquei surpreso ao saber que a remetente era uma preposta brasileira de Dominique, que possui um lindo MP Lafer em La Neuveville, na Suíça.
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| Chocolates suíços para adoçar a passagem do ano. |
O pacote pardo se converteu num aveludado embrulho de presente natalino, com laços verdes e vermelhos. Ao abri-lo percebi que não se tratava de um livro, mas de duas caixas de bombons com licores suíços. Que delícia!
Havia também o cartaz de um evento de carros antigos realizado na Praça do Grand Clos, diante do Castelo de Saint Denis, tendo o MP Lafer do Dominique como a estrela principal. Enfim reparamos no cartão de Natal escrito pessoalmente pelo nosso amigo.
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| Quem realmente se importa com alguém, escreve com a mão livre. |
Ao ler suas palavras ficamos emocionados ao constatar que, mesmo vivendo num país idílico como a Suíça, as pessoas podem ter um ano difícil, como nós também tivemos aqui no Brasil.
E assim como o Dominique, nós também recorremos aos passeios eventuais com o MP Lafer, deixando os raios solares recarregar as energias, com a brisa soprando no rosto, levando nossos problemas embora.
E então percebemos a importância que o site mplafer.net pode ter para alguns entusiastas deste conversível tão carismático. Não sabemos exatamente o número deles, mas sabemos que somos lidos por gente que acorda cedo no Amazonas, que vai dormir tarde no Rio Grande do Sul, que tem o senso crítico aguçado na Argentina, que trabalha duro no turno da noite lá no Japão, que deixa o MP Lafer hibernando no inverno do Canadá ou que espera ansiosamente pela chegada da primavera na Suíça.
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| O MP Lafer no cartaz que será guardado como um prêmio. |
Em 2016 o nosso site completará 15 anos na Internet. Já vimos muita coisa passar por esta mídia. Vimos nossa audiência crescer até atingir o pico em julho de 2010. Depois disso percebemos uma estagnação e um declínio ao longo dos anos, que relacionamos com dois fatores: a popularização das redes sociais como o Facebook – que acabou com vários sites e blogs – e a disseminação dos smartphones, que não oferecem uma boa experiência em navegação de textos pela Internet, priorizando fotos, vídeos e mensagens curtas e instantâneas.
Não temos problema algum em reconhecer que nossa audiência caiu quase pela metade. Não estamos preocupados com números, pois sabemos que ela continua altamente qualificada – ou não teríamos lançado o livro “MP Lafer: a recriação de um ícone” com o sucesso da crítica e a expectativa de vendas superada em quatro vezes.
Ao nosso amigo Dominique, declaramos que continuaremos com a missão de entregar para nossos leitores um refresco momentâneo para a rotina que insiste em nos perseguir. Muito obrigado por se importar conosco. Saiba que a recíproca é verdadeira!
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